Você sabia que a insulina pode ser parte da causa da Síndrome do Ovário Policístico? A SOP é uma desordem relacionada com os hormônios esteroidais, como estrogênio e progesterona, e o desenvolvimento folicular. 
 

Estudos apontam que 50% das mulheres com SOP apresentam resistência à insulina. Essa resistência gera hiperinsulinemia compensatória e, consequentemente, o desequilíbrio hormonal na forma de hiperandrogenia. Podemos dizer que quanto maior a resistência à insulina, maior pode ser o distúrbio hormonal e mais numerosos os ovários policísticos.
 

A microbiota intestinal está envolvida nos processos que influenciam na resistência à insulina e ter uma alimentação saudável pode ser o fator-chave para evitar o seu surgimento ou suavizar os efeitos da SOP.

A má alimentação, como no caso da dieta de padrão ocidental, leva a uma condição de disbiose e gera permeabilidade intestinal. A permeabilidade ao lipopolissacarídeos (LPS) –  que é um componente celular de bactérias gram negativas que têm afinidade por um receptor de membrana chamado TLR4 – gera uma condição de resistência à insulina, mediada pela ativação do NFKappa-B.
 

 O NFKappa B promove citrinas pró-inflamatórias e uma ativação das caspases que, por sua vez, promove lipogênese hepática e com isso uma maior resistência à ação da insulina, gerando um mecanismo de hiperinsulinemia.

Por isso é tão importante conhecer a sua própria microbiota e mantê-la saudável. Ter um histórico de SOP na família pode apontar para uma possível propensão à doença. A partir daí, evitar os fatores que podem “ativá-la” é a maneira mais fácil de prevenção. A microbiota deve ser conhecida e tratada com zelo para que não gere resistência à insulina.